Entrevista com LEONARDO BOFF



Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade". É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos. É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Entrevistador: O que o senhor acha a respeito do desaparecimento das Sete Quedas para dar lugar a uma usina hidrelétrica?

Leonardo: Se houvesse a consciência ecológica que nós temos hoje, isso não teria acontecido, não haveria uma usina tão grande, não destruiriam as Sete quedas, fariam usinas menores que teriam o mesmo efeito, eu participei do movimento pela preservação das Sete Quedas, mas era uma fase de militarismo, onde o povo não era ouvido, perdemos a luta.

Entrevistador: O senhor crê que os políticos que comandam nosso país, têm realmente consciência ecológica?

Leonardo: Percebo que eles têm grande dificuldade de consciência ecológica, pensam apenas em termos de crescimento, desflorestamento, aplicação de agrotóxicos e todo crescimento sem consciência produz desigualdade social, privilegia os grandes proprietários em detrimento dos pequenos. A maioria tem uma mentalidade velha,existem alguns que realmente tem consciência, como Marina Silva, e outros que podemos ter certeza de suas ações a respeito de um meio ambiente equilibrado,mas a grande maioria são insensíveis em preservar o meio ambiente,não apóiam políticas de sustentabilidade.

Entrevistador:Qual sua opinião a respeito da violência nas escolas?

Leonardo: O Brasil precisa de uma revolução que nunca foi feita, isso implica em vencer o atraso em termos tecnológicos e desigualdade social. A violência existe na escola porque esta na sociedade, a elite foi escravagista e continua escravagista, despreza o que é do povo, vive do clientelismo, do desprezo, não primam a qualidade de vida, continuam achando que o povo deve ser escravo e servi-los. Sempre foi assim e continuam com esta mesma mentalidade. A escola reflete a violência na família, na sociedade. A família trata com violência os filhos e a escola é vítima, mais que causa. Quando a sociedade se tornar humana, respeitando a todos, a violência será diminuída e o mundo será melhor.

Entrevistador: Deixe uma frase para encerrar e para que possamos refletir.

Leonardo: “O que deve ser tem força, o que deve ser é vida,ela nunca foi extinta, houve degradação, devastação e maus tratos, mas a vida sempre permaneceu. A vida é o que temos de maravilhoso,a vida é o supremo dom do criador, por isso ela persiste apesar de tudo...”.

Maria Jose Amaral.





ENTREVISTA COM LEONARDO BOFF




Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade". É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos. É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Entrevistador: O que o senhor acha a respeito do desaparecimento das Sete Quedas para dar lugar a uma usina hidrelétrica?

Leonardo: Se houvesse a consciência ecológica que nós temos hoje, isso não teria acontecido, não haveria uma usina tão grande, não destruiriam as Sete quedas, fariam usinas menores que teriam o mesmo efeito, eu participei do movimento pela preservação das Sete Quedas, mas era uma fase de militarismo, onde o povo não era ouvido, perdemos a luta.

Entrevistador: O senhor crê que os políticos que comandam nosso país, têm realmente consciência ecológica?

Leonardo: Percebo que eles têm grande dificuldade de consciência ecológica, pensam apenas em termos de crescimento, desflorestamento, aplicação de agrotóxicos e todo crescimento sem consciência produz desigualdade social, privilegia os grandes proprietários em detrimento dos pequenos. A maioria tem uma mentalidade velha,existem alguns que realmente tem consciência, como Marina Silva, e outros que podemos ter certeza de suas ações a respeito de um meio ambiente equilibrado,mas a grande maioria são insensíveis em preservar o meio ambiente,não apóiam políticas de sustentabilidade.

Entrevistador:Qual sua opinião a respeito da violência nas escolas?

Leonardo: O Brasil precisa de uma revolução que nunca foi feita, isso implica em vencer o atraso em termos tecnológicos e desigualdade social. A violência existe na escola porque esta na sociedade, a elite foi escravagista e continua escravagista, despreza o que é do povo, vive do clientelismo, do desprezo, não primam a qualidade de vida, continuam achando que o povo deve ser escravo e servi-los. Sempre foi assim e continuam com esta mesma mentalidade. A escola reflete a violência na família, na sociedade. A família trata com violência os filhos e a escola é vítima, mais que causa. Quando a sociedade se tornar humana, respeitando a todos, a violência será diminuída e o mundo será melhor.

Entrevistador: Deixe uma frase para encerrar e para que possamos refletir.

Leonardo: “O que deve ser tem força, o que deve ser é vida,ela nunca foi extinta, houve degradação, devastação e maus tratos, mas a vida sempre permaneceu. A vida é o que temos de maravilhoso,a vida é o supremo dom do criador, por isso ela persiste apesar de tudo...”.

Maria Jose Amaral.









ENTREVISTA COM LEONARDO BOFF




Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade". É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos. É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Entrevistador: O que o senhor acha a respeito do desaparecimento das Sete Quedas para dar lugar a uma usina hidrelétrica?

Leonardo: Se houvesse a consciência ecológica que nós temos hoje, isso não teria acontecido, não haveria uma usina tão grande, não destruiriam as Sete quedas, fariam usinas menores que teriam o mesmo efeito, eu participei do movimento pela preservação das Sete Quedas, mas era uma fase de militarismo, onde o povo não era ouvido, perdemos a luta.

Entrevistador: O senhor crê que os políticos que comandam nosso país, têm realmente consciência ecológica?

Leonardo: Percebo que eles têm grande dificuldade de consciência ecológica, pensam apenas em termos de crescimento, desflorestamento, aplicação de agrotóxicos e todo crescimento sem consciência produz desigualdade social, privilegia os grandes proprietários em detrimento dos pequenos. A maioria tem uma mentalidade velha,existem alguns que realmente tem consciência, como Marina Silva, e outros que podemos ter certeza de suas ações a respeito de um meio ambiente equilibrado,mas a grande maioria são insensíveis em preservar o meio ambiente,não apóiam políticas de sustentabilidade.

Entrevistador:Qual sua opinião a respeito da violência nas escolas?

Leonardo: O Brasil precisa de uma revolução que nunca foi feita, isso implica em vencer o atraso em termos tecnológicos e desigualdade social. A violência existe na escola porque esta na sociedade, a elite foi escravagista e continua escravagista, despreza o que é do povo, vive do clientelismo, do desprezo, não primam a qualidade de vida, continuam achando que o povo deve ser escravo e servi-los. Sempre foi assim e continuam com esta mesma mentalidade. A escola reflete a violência na família, na sociedade. A família trata com violência os filhos e a escola é vítima, mais que causa. Quando a sociedade se tornar humana, respeitando a todos, a violência será diminuída e o mundo será melhor.

Entrevistador: Deixe uma frase para encerrar e para que possamos refletir.

Leonardo: “O que deve ser tem força, o que deve ser é vida,ela nunca foi extinta, houve degradação, devastação e maus tratos, mas a vida sempre permaneceu. A vida é o que temos de maravilhoso,a vida é o supremo dom do criador, por isso ela persiste apesar de tudo...”.

Maria Jose Amaral.